sábado, 25 de dezembro de 2010

A dor da Saudade

Ê saudade.. Saudade bandida que me acerta no peito quando menos espero. Chega a dar nó na garganta e os olhos se enchem de dor em forma de lágrimas. Dor da madita despedida. Despedida das alegrias e das folias, das conversas, besteiras e asneiras, das viagens e filmagens, dos abraços e carinhos, dos momentos e do desfecho. Ah desfecho ridículo.. Que me cerca, me faz reviver, repensar e remoer. E a dor aumenta, a Saudade tenta, o Choro grita e a Vontade excita. Vontade de reviver, renascer, relembrar e avivar. E a Saudade segue no vento da lembrança. [Miroma. ]

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Nostalgia

Ela olhava suas fotos no albúm empoeirado e via sua vida passar num mudar de página. Sua infância solitária de amigos imagináveis, aventuras vividas no mundo da ilusão. Ela segurava o lápis e fazia anotações de cada foto. Não sabia ao certo porque fazia, simplismente fazia. busca analisar suas mais variadas expressões: caras de espanto, felicidade, euforia, indiferença... Acabadas as fotos da infância, vinham as da adolecência. As amigas de carne e osso, os amigos palhaços e copanheiros, os superprotetores que se faziam de namorados para afastar os marmanjos mal intencionados. Nas fotos, os estilos mais variáveis: algumas de vestido, outras de preto com correntes e lápis de olho, às vezes meio hippie protetora da natureza. E seu cabelo?! Como mudara. Do curto ao longo, do claro ao escuro e colorido, do cacheado ao liso. De menina a mulher. No meio das fotos encontrara seus antigos namorados. Recordara bem da estória de cada um. Seus defeitos e seus prazeres, seus momentos de alegria... Tinha fotos de todos eles. Menos de um cachorro que ela preferira esquecer que havia namorado. Entre as fotos estava a de seu último namorado. Junto com ela, várias declarações, presentes e desenhos que ela guardara com tanto carinho. Ao ver tudo aquilo ali, espalhado na sua frente, seus olhos se encheram de lágrimas. Cada coisa lhe fazia recordar dos mais variados momentos vividos por eles. E nessa exata hora tocava uma musica em seu celular. Ela o chamava assim. E cada frase se encaixava com as lembranças presentes em sua frente. Com as lágrimas escorrendo pelo seu rosto, ela tentava entender como tudo aocnteceu, mas não obtinha resposta. Em sua cabeça só conseguia ver as cenas felizes de um passado recente. [Miroma.]

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Além do entendimento

Mais uma janela no 4º andar.
Vidraças quebradas de um bar...
Ela fez o que devia ser feito.
O vento estava propício e a tristeza atingiu o alge.
-Pausa para o almoço-
O sangue nos vidrilhos refletindo a dor...
A sinfonia Melancólica nos gritos ainda soltas no ar...
O tudo e o nada.
O nada e o além.
A vida era sentida;
A morte era perdida.
[Miroma.]

Vende-se este espaço

Vende-se uma vida
Ótimo estado de putrefação
Dia após dia reprimida
Ventos e alentos de solidão
Vende-se uma vida
Uma vida e nada mais
Uma alma solta no mundo
50Kilos de confusão
Troca-se uma vida
Por algo até mesmo sem valor
Um botão ou uma gota de sangue
Troca-se a vida de um sofredor
Aluga-se uma vida
Faça com ela o que quiser
Faça viver ou mate-a de vez
Mas pelo menos pague o aluguel.
[Miroma.]