quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Palavras

As horas passam e eu aqui. Sem o que falar, sem saber dizer. Apenas tentando entender. Ainda sou a mesma? Tenho os mesmos gostos, as mesmas vontades, os mesmos sonhos? Acredito que não. Ainda mais por eu ser uma pessoa tão indencisa, cheia de idéias que surgem tão rapido quanto desaparecem.
 No meu momento mais sem inspiração surjo nessa página para largar palavras e junta-las para quem sabe, fazer algum sentido. Resolvendo mudar o rumo da conversa quando não se sabe mais o que inventar a falar.
 Já que falamos em mudar...as mudanças nos fazem embolar na cama de madrugada e se deparar com pensamentos indefinidos, muitas vezes sem nexo algum. Mas faz sentido. Afinal, nem sempre nossas mudanças são plausíveis. Requer tempo assimilar tudo que fazemos seguindo um propósito, imagine sem tê-lo. Acho que é o caso de muitas pessoas. Mudança causa medo, insegurança, incertezas do que o novo pode trazer.
Neste momento arrisco a mudança no texto. Não é algo tão difícil...Apesar de que, palavras mudadas causam um impacto fortíssimo entre as pessoas.
Então, meu eu continua quase o mesmo. Só com mais medo do que virá pela frente, já que é preciso crescer em vários aspectos. Estou tentando ao máximo. Mas como isso é difícil, e chato.

[ .Lilla Sogno. ]

sábado, 25 de dezembro de 2010

A dor da Saudade

Ê saudade.. Saudade bandida que me acerta no peito quando menos espero. Chega a dar nó na garganta e os olhos se enchem de dor em forma de lágrimas. Dor da madita despedida. Despedida das alegrias e das folias, das conversas, besteiras e asneiras, das viagens e filmagens, dos abraços e carinhos, dos momentos e do desfecho. Ah desfecho ridículo.. Que me cerca, me faz reviver, repensar e remoer. E a dor aumenta, a Saudade tenta, o Choro grita e a Vontade excita. Vontade de reviver, renascer, relembrar e avivar. E a Saudade segue no vento da lembrança. [Miroma. ]

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Nostalgia

Ela olhava suas fotos no albúm empoeirado e via sua vida passar num mudar de página. Sua infância solitária de amigos imagináveis, aventuras vividas no mundo da ilusão. Ela segurava o lápis e fazia anotações de cada foto. Não sabia ao certo porque fazia, simplismente fazia. busca analisar suas mais variadas expressões: caras de espanto, felicidade, euforia, indiferença... Acabadas as fotos da infância, vinham as da adolecência. As amigas de carne e osso, os amigos palhaços e copanheiros, os superprotetores que se faziam de namorados para afastar os marmanjos mal intencionados. Nas fotos, os estilos mais variáveis: algumas de vestido, outras de preto com correntes e lápis de olho, às vezes meio hippie protetora da natureza. E seu cabelo?! Como mudara. Do curto ao longo, do claro ao escuro e colorido, do cacheado ao liso. De menina a mulher. No meio das fotos encontrara seus antigos namorados. Recordara bem da estória de cada um. Seus defeitos e seus prazeres, seus momentos de alegria... Tinha fotos de todos eles. Menos de um cachorro que ela preferira esquecer que havia namorado. Entre as fotos estava a de seu último namorado. Junto com ela, várias declarações, presentes e desenhos que ela guardara com tanto carinho. Ao ver tudo aquilo ali, espalhado na sua frente, seus olhos se encheram de lágrimas. Cada coisa lhe fazia recordar dos mais variados momentos vividos por eles. E nessa exata hora tocava uma musica em seu celular. Ela o chamava assim. E cada frase se encaixava com as lembranças presentes em sua frente. Com as lágrimas escorrendo pelo seu rosto, ela tentava entender como tudo aocnteceu, mas não obtinha resposta. Em sua cabeça só conseguia ver as cenas felizes de um passado recente. [Miroma.]

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Além do entendimento

Mais uma janela no 4º andar.
Vidraças quebradas de um bar...
Ela fez o que devia ser feito.
O vento estava propício e a tristeza atingiu o alge.
-Pausa para o almoço-
O sangue nos vidrilhos refletindo a dor...
A sinfonia Melancólica nos gritos ainda soltas no ar...
O tudo e o nada.
O nada e o além.
A vida era sentida;
A morte era perdida.
[Miroma.]

Vende-se este espaço

Vende-se uma vida
Ótimo estado de putrefação
Dia após dia reprimida
Ventos e alentos de solidão
Vende-se uma vida
Uma vida e nada mais
Uma alma solta no mundo
50Kilos de confusão
Troca-se uma vida
Por algo até mesmo sem valor
Um botão ou uma gota de sangue
Troca-se a vida de um sofredor
Aluga-se uma vida
Faça com ela o que quiser
Faça viver ou mate-a de vez
Mas pelo menos pague o aluguel.
[Miroma.]

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O tempo parou. Ela continuou andando sentindo o nada sob seus pés. O mundo parou. Ela via tudo congelado: pessoas, carros, bichos, fumaça e a chuva. A chuva que caía parou de cair. Estava parada no ar. Ela podia escolher a gota que quisesse e pega-la.
Resolveu explorar sua pequena cidade parada. Observou os carros...os noticiários parados da TV...o cachorrinho com a pata levantada ao lado do poste pronto para se aliviar...e as pessoas. Sim, as pessoas. Foi o que ela mais observou. Seus rostos, suas expressões. Percebeu que muitos dos que dirigiam tinham uma expressão de raiva, exceto um. Esse parecia feliz. Como se tivesse acabado de ganhar um novo carro velho. Os que estavam a pé pareciam cansados, exaustos do frio. Loucos para chegar em casa, se secar e se aquecer em baixo de um bom cobertor. Mas havia uma pessoa feliz na porta do hospital. Uma menina que deveria ter mais ou menos uns 12 anos. Parecia ser a primeira vez que ela via a chuva, a rua, a cidade, a movimentação das pessoas e dos carros.
O silêncio era mudo. Nem vento se ouvia, nem vento lhe tocava. Sentiu-se bem. Só. Pode ver a vida com outros olhos, como sempre quis ver. E tudo retomou o movimento.
[.Miroma. ]

domingo, 28 de junho de 2009

Simples Momento

Saiu aquele dia sem se preocupar com nada nem ninguém. Saiu apenas por sair. Queria olhar o mar, sentir o calor do sol, o vento em seu rosto... A vontade de sentir a liberdade era muita. Tentava guardar aquele momento como se fosse único. Curtia cada segundo e cada detalhe.
O mar estava azul la no fundo, mas com as ondas esverdeadas que quebravam e revelevam uma espuma branquinha como neve. O sol solitário la em cima... Um ponto amarelo no meio do imenso azul claro. A direita se via algumas nuvens brancas como algodão, mas elas não assustavam. Não estavam tristes, não ameaçavam chorar.
As pessoas caminhavam despreocupadas pela areia que, como a maré estava seca, se encontrava cheia de conchinhas e pedaços de corais. Ah como era bom detalhar tudo e gravar em sua mente. Era o dia mais feliz de sua vida.
Miroma.